Resenha crítica da obra: “Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral” de Friedrich Nietzsche , Por : ANTONIO CARLOS CUSTÓDIO DE SOUZA Em 15 de outubro de 1844, na cidade de Róquen, nasce Friedrich Wilhelm Nietzsche. Já com cinco anos de idade, perde o pai. Em 1858, recebe uma bolsa de estudos da escola de Pforta, terminando seus estudos nesta mesma escola em 1864. No ano seguinte, tem seus trabalhos de filologia publicados e com apenas 25 anos, conquista a cátedra de filologia clássica na Universidade de Basiléia. Entre 1872 a 1888, publica várias obras, dentre elas, ‘O nascimento da tragédia’ – 1872, ‘Humano, demasiado humano’ – 1878, ‘O andarilho e sua sombra’, 1880, ‘Aurora’ – 1881, ‘A gaia ciência’ – 1882, ‘Assim falou Zaratustra’ – 1883, ‘Para além do bem e do mal’ – 1886, ‘O caso Wagner’, ‘Crepúsculo dos ídolos’ e ‘Nietzsche contra Wagner’ – 1888. Em 1879, Nietzsche abandona a cátedra na universidade por questões relacionadas à sua saúde. Em 1889 é internado em uma clínica psiquiátrica. Perde a mãe em 1897. Morre em Weimar, no dia 25 de agosto de 1900 com 55 anos , Em algum remoto rincão do universo cintilante que se derrama em um sem número de sistemas solares, havia uma vez um astro, em que animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais soberbo e mais mentiroso da “história universal”: mas também foi somente um minuto. Passados poucos fôlegos da natureza congelou-se o astro, e os animais inteligentes tiveram de morrer. (Nietzsche, 1873, §1) - COMENTÁRIOS : >>> O texto: Verdade e mentira no sentido extra-moral nos diz da importância de reconhecer que a verdade e a ciência são convenções intelectuais, são metáforas que o ser-humano constrói para se sentir seguro diante de sua impotência e fragilidade em relação ao mundo. Certo seria não em pensarmos o que é verdade, mas de entendermos e assumirmos, procurando saber sobre o nosso impulso à verdade e qual o valor da linguagem. ; Como Nietzsche diz, o primeiro passo para alcançar o impulso à verdade é a necessidade do ser humano em viver socialmente e em rebanho, utilizando o intelecto para construir a representação das coisas, e nunca como se chegar a essência delas, usando a inteligência como artefato para viver em paz e não em guerra entre ‘homens’. Assim como a verdade, a linguagem é fruto da intelectualidade, da razão. Palavras são impulsos nervosos representados. Embora o homem racional se orgulhe de possuir o intelecto a seu favor, fazendo uso constantemente das ciências, os Gregos antigos eram privilegiados pois usando do mito e da arte, da criatividade, transformavam sua existência em algo mais suave, em contraste com a torpeza do homem racional que abandonou arte e mito para viver na mentira e no faz de conta.
Comunidade, utopia e realidade: uma reflexão a partir do pensamento de Zygmunt Bauman
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O que é Marketing Cultural ? O Marketing Cultural é posto em prática por meio de ações culturais e tem o objetivo de cativar o público e fortalecer a relação que ele tem com a sua marca...................Entende-se como Marketing Cultural todas as ações que fazem uso da cultura para fazer a divulgação de um produto, serviço ou marca de uma empresa. Para isso, é preciso analisar os comportamentos, conhecimentos e costumes do seu público-alvo...................ortanto, muito embora a maioria das ações de marketing seja voltada para obter o lucro, o Marketing Cultural não se restringe somente a isso, pois ele ajuda uma empresa a ter um diferencial de mercado para passar na frente da concorrência e ficar mais próxima do público-alvo.............Em termos práticos, o Marketing Cultural é dividido em quatro categorias. : Marketing Cultural de Fim Ele é tido como o primeiro por abranger tudo, desde a criação do produto ou serviço até o marketing feito em cima dele. Seu foco é um objetivo ligado à cultura. Marketing Cultural de Agente Este tipo não é feito pelo dono do negócio e sim por um produtor cultural que deve analisar o mercado a fim de saber quais são as ações artísticas mais apropriadas. Marketing Cultural de Meio Aqui, a estratégia de marketing é embasada no patrocínio, além de trabalhar com diversos tipos de promoção cultural.
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Aula 9: Marcadores sociais da diferença: gênero, classe, etnia e raça (29/07/2021 - 29/07/2021) - Abordar as questões de gênero, raça e etnia pelo conceito de Interseccionalidade. Palestrante convidada: Prof. Dra. Eliane Gonçalves da Costa (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira) Ainda que classificar seja inerente ao ser humano, o ideal classificatório europeu servia ao propósito de colocar o outro fora do padrão e, assim, criar mecanismos de escravização, de monopolização, de padronização de um ideal de superioridade, beleza, capacidade intelectual. Assim, o autor critica o fato da classificação humana ter se dado através da cor da pele (inicialmente, as quais foram incorporados, posteriormente, questões morfológicas), que é determinada pela melanina, cujo percentual genético corresponde a 1%, mas que, no entanto, foi utilizada como fator de segregação. Para além dos determinantes impostos pela cor da pele, há também a opressão exercida pelo gênero. Explica-se, assim, a necessidade de criação de movimentos feministas separados que focassem na mulher e na mulher negra. Uma vez que, não se pode generalizar todas as mulheres, como se suas opressões fossem as mesmas, ratificando a ideia preconizada na Constituição Federal de 1988, a de que todos são iguais perante a lei, o que é uma mera formalidade para escamotear as desigualdades e continuar a oprimir/segregar negros/as e indígenas, por exemplo, legalizando, assim, as disparidades. O mito da democracia racial fundamenta a exclusão e as contradições raciais, além de continuar marginalizando os/ as negros/as que, apesar de fazerem parte do cenário social resistindo, lutando, buscando soluções e tentando desmascarar e destituir os padrões brancos, continuam sendo oprimidos/as e massacrados/as. Não se pode fingir que a força de trabalho da mulher negra está associada à mão-de-obra não qualificada e com rendimentos menores que o das brancas – uma das dimensões do racismo, que, apesar de absurdo para quem luta por igualdade (s), tem, na sociedade brasileira, a naturalização dessa prática, cujo mote trata da branca para casar, da mulata para fornicar e da negra para trabalhar.
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