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segunda-feira, 19 de julho de 2021

Resenha crítica da obra: “Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral” de Friedrich Nietzsche , Por : ANTONIO CARLOS CUSTÓDIO DE SOUZA Em 15 de outubro de 1844, na cidade de Róquen, nasce Friedrich Wilhelm Nietzsche. Já com cinco anos de idade, perde o pai. Em 1858, recebe uma bolsa de estudos da escola de Pforta, terminando seus estudos nesta mesma escola em 1864. No ano seguinte, tem seus trabalhos de filologia publicados e com apenas 25 anos, conquista a cátedra de filologia clássica na Universidade de Basiléia. Entre 1872 a 1888, publica várias obras, dentre elas, ‘O nascimento da tragédia’ – 1872, ‘Humano, demasiado humano’ – 1878, ‘O andarilho e sua sombra’, 1880, ‘Aurora’ – 1881, ‘A gaia ciência’ – 1882, ‘Assim falou Zaratustra’ – 1883, ‘Para além do bem e do mal’ – 1886, ‘O caso Wagner’, ‘Crepúsculo dos ídolos’ e ‘Nietzsche contra Wagner’ – 1888. Em 1879, Nietzsche abandona a cátedra na universidade por questões relacionadas à sua saúde. Em 1889 é internado em uma clínica psiquiátrica. Perde a mãe em 1897. Morre em Weimar, no dia 25 de agosto de 1900 com 55 anos , Em algum remoto rincão do universo cintilante que se derrama em um sem número de sistemas solares, havia uma vez um astro, em que animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais soberbo e mais mentiroso da “história universal”: mas também foi somente um minuto. Passados poucos fôlegos da natureza congelou-se o astro, e os animais inteligentes tiveram de morrer. (Nietzsche, 1873, §1) - COMENTÁRIOS : >>> O texto: Verdade e mentira no sentido extra-moral nos diz da importância de reconhecer que a verdade e a ciência são convenções intelectuais, são metáforas que o ser-humano constrói para se sentir seguro diante de sua impotência e fragilidade em relação ao mundo. Certo seria não em pensarmos o que é verdade, mas de entendermos e assumirmos, procurando saber sobre o nosso impulso à verdade e qual o valor da linguagem. ; Como Nietzsche diz, o primeiro passo para alcançar o impulso à verdade é a necessidade do ser humano em viver socialmente e em rebanho, utilizando o intelecto para construir a representação das coisas, e nunca como se chegar a essência delas, usando a inteligência como artefato para viver em paz e não em guerra entre ‘homens’. Assim como a verdade, a linguagem é fruto da intelectualidade, da razão. Palavras são impulsos nervosos representados. Embora o homem racional se orgulhe de possuir o intelecto a seu favor, fazendo uso constantemente das ciências, os Gregos antigos eram privilegiados pois usando do mito e da arte, da criatividade, transformavam sua existência em algo mais suave, em contraste com a torpeza do homem racional que abandonou arte e mito para viver na mentira e no faz de conta.


 

terça-feira, 13 de julho de 2021

Imannuel Kant Resenha Resposta à Pergunta da Obra ‘O que é esclarecimento' - BASES FILSÓFICAS E EPISTEMOLÓGICAS DAS HUMANIDADES - Pensar por si mesmo significa procurar em si mesmo a suprema pedra de toque da verdade [Probierstein] (isto é, em sua própria razão); e a máxima que manda pensar por si mesmo é o esclarecimento [Aufklärung]. (KANT, 2012a, p.61) Comentário: Na obra escrita em formato de artigo, Kant descreve o esclarecimento como sendo e entende-se como menoridade a inaptidão para fazer uso do seu próprio entendimento sem a interferência de outro indivíduo e quando o homem se mostra incapaz de sair da sua menoridade, Kant o aponta como único culpado. O coloca em uma posição de covarde, como se lhe faltasse coragem para sair do estado de dependência e de acomodação, afirmando que é mais fácil ser guiado por outro individuo do que assumir as rédeas da própria vida. Kant afirma que alguns tutores tiram proveito da situação e induzem seus protegidos a seguirem na menoridade, impondo a eles que a maioridade é perigosa. É fácil caminhar quando se tem alguém para guiar os passos, mas certos tutores apontam para as dificuldades de se caminhar de forma independente. O Autor afirma que o individuo só escapa da mediocridade (menoridade) por conta própria, no momento em que ele (o indivíduo) passa a pensar só e a buscar o esclarecimento e começa a ver o mundo de uma outra ótica e aponta a liberdade como principal condição para haver esclarecimento. ..... “Servir-se de sua própria razão não quer dizer outra coisa senão, em tudo aquilo que devemos admitir, perguntar a nós mesmos: achamos possível estabelecer como princípio universal do uso da razão aquele pelo qual admitimos alguma coisa ou também a regra que se segue daquilo que admitimos? “(KANT, 2012a, p.61) Comentário: O esclarecimento para Kant é um processo de emancipação, é um P R O C E S S O continuo e não uma condição humana é o é o próprio homem, que não consegue sair de sua condição medíocre e tomar coragem de servir-se de si mesmo sem necessitar da ajuda de alheios