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quarta-feira, 21 de julho de 2021

RESENHA CRITICA da Entrevista do Autor André Lemos - CIBERCULTURA, INTERNET e a SOCIABILIDADE. Quais as consequências do uso da internet para as relações humanas? André Lemos, professor da Faculdade de Comunicação da UFBA, fala sobre a cibercultura em seu atual cenário e os assuntos que permeiam o tema: Cibercultura, internet e sociabilidade; o conceito de internet das coisas, cidades inteligentes e vigilância digital. Autor André Lemos analisa os impactos das novas tecnologias na sociedade contemporânea, através da descrição da nova cultura tecnológica planetária: a cibercultura. Ele reconhece a cibercultura como uma manifestação da vitalidade social contemporânea e a analisa como tal. O que é ciberespaço Segundo Lemos? O ciberespaço é um espaço abstrato, que se constrói sobre um suporte físico, produto de nossa cultura. André Lemos (2002, p. 137) nos diz que o ciberespaço "não é desconectado da realidade, mas um complexificador do real." ... A presença física não é mais barreira/obstáculo para uma interação social. Em uma entrevista curta e didática o autor busca contribuir para uma desmistificação de alguns conceitos em discussão na atualidade a CIBERCULTURA, INTERNET e a SOCIABILIDADE. Utilizando-se de ferramentas analíticas da sociologia e da antropologia. Conceituando o ciberespaço e cibercultura, contextualizando-os nas novas relações das quais são eles frutos, e se tornam produtores quando ocupam lugar no ambiente produzido pelo homem, o qual passam a serem reprodutores privilegiados. Ou seja, o Autor aborda o conceito da internet como lugar e não lugar, virtual, ciberespaço, e algumas das situações da cibercultura mescladas por uma abordagem antropológica e sociológica, levantando algumas questões a respeito das influencias dessas novas realidades numa RECONFIGURAÇÃO DA cultura e suas relações; o ciberespaço é o ambiente , e o espaço é constituindo como uma base (comunicação) em linguagem e diálogos homem x máquina. Realmente é uma mudança de perspectiva radical. Vejo que a sociabilidade na ótica apresentada pelo Autor são operações frias ; onde as relações se dá com um sistema onde a virtualização esconde novas relações obscurecidas em um “território” da Sociedade que esta se desintegrando para dá lugar uma nova sociedade se posso assim dizer DESTERRITORIZADA , mas acredito que num futuro próximo esse novo “ Território” deverá se assim batizado quando o mundo real será desmateriazado e será inserido num universo paralelo DESTERRITORIZADO , criando assim um novo “Mito das Cavernas” da liberdade da “CIBERCULTURA, INTERNET e a SOCIABILIDADE” A virtualização esconde novas relações de dominação, ainda obscurecidas nos escombros da sociedade que se desintegra para dar lugar à nova sociedade, manifestando-se e mascarada no mito da liberdade total da cibercultura, e na anarquia do ciberespaço. Ops ! será que viajei D+ ou é apenas um reflexo dos meus pensamentos e do meu “SER” no meu Mundo Virtual no meu Ciberespaço?


 

terça-feira, 20 de julho de 2021

Projeto Academico do Curso de Direito na Faculdade Zumbi dos Palmares São Paulo ,2019 Intitulado : Invisibilidade Social , o trabalho foi realizado na cooperativa de catadores COOPER GLICERIO no Centro da Cidade de São Paulo , COLETIVO DULCINÉIA CATADORA O coletivo Dulcinéia Catadora surgiu da vontade de Lúcia Rosa e um grupo de filhos de catadores de materiais recicláveis em criar, em 2007, livros feitos artesanalmente a partir de papelão, as chamadas cartoneiras. Em 2006, a artista visual e tradutora Lúcia Rosa foi convidada pela 27ª Bienal de São Paulo para auxiliar a instituição e o coletivo cartoneiro Eloísa Cartonera (Argentina) no contato com catadores de materiais recicláveis da cidade de São Paulo. A cartoneira argentina planejava montar dentro do pavilhão da Bienal, no parque Ibirapuera, uma oficina-instalação com pessoas que trabalhavam diariamente com a matéria prima dos livretos. Desta forma, um grupo de filhos de catadores passou a confeccionar, durante o período da mostra e dentro do espaço expositivo, uma série de livros produzidos artesanalmente a partir do papelão. Com o fim da mostra, e com a intenção de não parar de produzir os livros, os jovens e Lúcia decidiram montar um coletivo próprio, surgindo o coletivo Dulcinéia Catadora. O coletivo passa a produz capas de livros de literatura, contos, poesia, livros infantis, livros de artistas (como de Fabio Morais, Elida Tessler, Paulo Bruscky), além de livros autorais. Tendo sua sede na Cooper Glicério, uma cooperativa de materiais recicláveis na Baixada do Glicério, na cidade de São Paulo, atualmente o coletivo é composto por Lúcia Rosa e as cooperadas da cooperativa Maria Aparecida Dias da Costa, Eminéia Silva Santos e Andreia Ribeiro Emboava.Na visita manitorada fomos muito bem recebidos onde podemos coletar muitas informações de natureza, social, cultura,Arte , Direito Ambienta, Sociologia, Direitos Humanos e da Digniade Humana , Empreendedorismo. “...o catador não é só quem puxa carrinho; a catadora não é só aquela que separa os materiais eles são também poetas e poetisas...” Sendo os protagonistas do processo de controle do lixo, os catadores oferecem os serviços de coleta, recuperação e reciclagem em um custo benefício razoável. E suas reivindicações são justas: os catadores querem ser legitimidade por exercerem seus serviços. Há uma série de aspectos que englobam a evolução do ofício. ......... A invisibilidade social é o cenário em que se encontram alguns cidadãos, denominados pela sociedade contemporânea como inferiores pelo fato de exercerem determinada profissão.O termo invisibilidade é utilizado no sentido denotativo, pois esses indivíduos não são vistos pela sociedade – ou então são ignorados, como se fossem invisíveis. A invisibilidade social é uma forma de exclusão social e já é debatida há algum tempo, porém ela ainda não se consolidou como um tema relevante – principalmente no contexto empresarial. Neste artigo, estabeleço o foco em colaboradores da limpeza, o que não isenta outros profissionais de estarem inseridos nessa árdua realidade, como por exemplo: garis, frentistas, operadores de caixa, porteiros, motoristas e cobradores de ônibus e lixeiros.........A invisibilidade social já está cotidianamente estabelecida e a sociedade acostumou-se a ela, passar por um pedinte na rua ou observar uma criança “cheirando cola” em uma esquina é algo corriqueiro na vida social, segundo Gachet aceitar isso é violar os direitos humanos. “É preciso não só  ver esses invisíveis, mas é preciso olhar para eles e sentir junto com eles, é preciso ‘colocar óculos em toda humanidade’”, finaliza. Um tema delicado, que nem sempre me parece abordado com a profundidade que merece e que acaba, por vezes, sendo avaliado de maneira parcial e criando estereótipos que dificultam ainda mais a realidade de enxergar a problemática........... A invisibilidade social provoca sentimentos de desprezo e humilhação em indivíduos que com ela convivem. De acordo com Gachet ser invisível pode levar as pessoas a processos depressivos. “‘Aparecer’ é ser importante para a espécie humana, ser valorizado de alguma forma é parte integrante de nossa passagem pela vida, temos que ser alguém, um bom profissional, um bom estudante, um bom pai, uma boa mãe, enfim, desempenhar com louvor algum papel social”, diz. Outra consequência dessa invisibilidade é a mobilização dos “invisíveis”, grupos de pessoas que se juntam para conseguir “aparecer” perante a sociedade. Muitos são os exemplos desses grupos: MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem terra), a Central Única de Favelas (CUFA), fóruns nacionais, estaduais e municipais de defesa dos direitos da criança e do adolescente. Esses grupos também podem ser encontrados no crime organizado, o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho).

 

























segunda-feira, 19 de julho de 2021

Espaço, tempo, mundo virtual | Marilena Chauí AO MEU VER UMA BOA REFLEXÃO SOBRE “Tudo o que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade”, do filósofo norte-americano Marshall Berman.


 

Resenha crítica da obra: “Sobre verdade e mentira no sentido extra-moral” de Friedrich Nietzsche , Por : ANTONIO CARLOS CUSTÓDIO DE SOUZA Em 15 de outubro de 1844, na cidade de Róquen, nasce Friedrich Wilhelm Nietzsche. Já com cinco anos de idade, perde o pai. Em 1858, recebe uma bolsa de estudos da escola de Pforta, terminando seus estudos nesta mesma escola em 1864. No ano seguinte, tem seus trabalhos de filologia publicados e com apenas 25 anos, conquista a cátedra de filologia clássica na Universidade de Basiléia. Entre 1872 a 1888, publica várias obras, dentre elas, ‘O nascimento da tragédia’ – 1872, ‘Humano, demasiado humano’ – 1878, ‘O andarilho e sua sombra’, 1880, ‘Aurora’ – 1881, ‘A gaia ciência’ – 1882, ‘Assim falou Zaratustra’ – 1883, ‘Para além do bem e do mal’ – 1886, ‘O caso Wagner’, ‘Crepúsculo dos ídolos’ e ‘Nietzsche contra Wagner’ – 1888. Em 1879, Nietzsche abandona a cátedra na universidade por questões relacionadas à sua saúde. Em 1889 é internado em uma clínica psiquiátrica. Perde a mãe em 1897. Morre em Weimar, no dia 25 de agosto de 1900 com 55 anos , Em algum remoto rincão do universo cintilante que se derrama em um sem número de sistemas solares, havia uma vez um astro, em que animais inteligentes inventaram o conhecimento. Foi o minuto mais soberbo e mais mentiroso da “história universal”: mas também foi somente um minuto. Passados poucos fôlegos da natureza congelou-se o astro, e os animais inteligentes tiveram de morrer. (Nietzsche, 1873, §1) - COMENTÁRIOS : >>> O texto: Verdade e mentira no sentido extra-moral nos diz da importância de reconhecer que a verdade e a ciência são convenções intelectuais, são metáforas que o ser-humano constrói para se sentir seguro diante de sua impotência e fragilidade em relação ao mundo. Certo seria não em pensarmos o que é verdade, mas de entendermos e assumirmos, procurando saber sobre o nosso impulso à verdade e qual o valor da linguagem. ; Como Nietzsche diz, o primeiro passo para alcançar o impulso à verdade é a necessidade do ser humano em viver socialmente e em rebanho, utilizando o intelecto para construir a representação das coisas, e nunca como se chegar a essência delas, usando a inteligência como artefato para viver em paz e não em guerra entre ‘homens’. Assim como a verdade, a linguagem é fruto da intelectualidade, da razão. Palavras são impulsos nervosos representados. Embora o homem racional se orgulhe de possuir o intelecto a seu favor, fazendo uso constantemente das ciências, os Gregos antigos eram privilegiados pois usando do mito e da arte, da criatividade, transformavam sua existência em algo mais suave, em contraste com a torpeza do homem racional que abandonou arte e mito para viver na mentira e no faz de conta.