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domingo, 25 de julho de 2021

No dia 25 de julho, celebramos o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Essa data relembra o marco internacional de luta e resistência da mulher negra para reafirmar a necessidade de enfrentar o racismo e o sexismo vivido até hoje por mulheres que sofrem com a discriminação racial, social e de gênero. No Brasil, a data também é celebrada pelo Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola de destaque que resistiu à escravidão durante duas décadas no século XVIII, lutando pela comunidade negra e indígena que vivia sob sua liderança. Afinal, o que é racismo e sexismo? Racismo é a crença da existência da superioridade inerente de uma “raça” sobre as demais e, consequentemente, o seu direito de exercer o poder na sociedade e dominar os representantes dos outros grupos raciais. Sexismo é a crença na existência da superioridade natural de um dos sexos e a inferioridade do outro, e a legitimação do exercício de poder de representantes de um dos sexos sobre os representantes do outro sexo. Ambos, racismo e sexismo, são formas de preconceito que ficam ainda mais complexas a partir de sua interação com outros preconceitos como a xenofobia, LGBTfobia, o preconceito geracional e de classe social. O preconceito e a discriminação violentam o exercício de direitos das pessoas cotidianamente. O racismo e o sexismo são muitas vezes naturalizados e banalizados na nossa sociedade. As mulheres negras estão no topo da cadeia de vulnerabilidade. Quando há uma violência contra a mulher, a vítima é negra em mais da metade dos casos. Os dados reforçam o impacto do machismo e do sexismo em relação às mulheres negras e a aniquilação de seus corpos e suas vidas. De acordo com o mapa da violência, a vitimização entre as mulheres negras no Brasil cresceu 54,2%, enquanto o homicídio das brancas caiu 9,8%. Os dados mostram que o feminicídio tem cor. As mulheres negras são discriminadas em diversos setores. No mercado de trabalho, estão expostas a condições precárias de emprego, baixa remuneração, diferença desigual de salários, exploração da mão de obra e assédio moral e sexual, em razão da herança cultural racista e escravocrata.





 

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